quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Esta noite estremeci...


Não, não foi nada agradável a sensação que hoje à 1h37 da madrugada senti.
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Moro num 6.º andar de um prédio com 42 apartamentos e ainda pensei que fosse o King kong lá fora a abanar o edifício, mas não...
Em primeiro lugar senti-me tão pequenina, tão vulnerável, que nem dá para descrever. Ao ser acordada por um estremecer, a única acção que tive foi dar a mão ao meu marido e pensar que se piorasse ia a correr buscar o meu filho no quarto ao lado. Felizmente, o sismo acalmou em menos de 20 segundos (julgo... mas pareceram minutos.).
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Há cerca de 5 anos, após a hora de almoço, estava eu na sala a adormecer o meu bebé ao colo quando senti a sala literalmente a baloiçar. Foi aterrador, principalmente porque estava sozinha e nunca tinha sentido um abalo sísmico até àquele momento.
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Este foi diferente. Mais intenso. Da última vez senti medo, desta senti que nada podia fazer se tudo se desmoronasse à minha volta. Foi um sentimento extremo de vulnerabilidade. Somos carne crua e a morte hoje foi uma potencial e dura realidade com que me deparei naqueles instantes. Dito assim, parece que foi dramático. De facto, naquele momento foi. Quando acordei de manhã, senti-me melhor.
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Não gostei de me sentir assim. Sei que provavelmente vou voltar a sentir-me assim, mas espero que ainda falte muito tempo.
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Entretanto gostava de poder ir morar para uma caravana, ali mesmo no parque de campismo... Mas sei que não é possível e assim terei de conviver com esta ideia de que aquilo que a Natureza decidir, está decidido e eu pouco ou nada posso fazer.

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