quarta-feira, 13 de novembro de 2013

LOOOONG BIKE RIDE

As últimas duas semanas foram complicadas para mim. 

Esta lesão que me impede de correr regularmente (foram apenas duas sessões de corrida em 2 meses com cerca de 30' de duração), começa já a provocar-me algum desgaste psicológico. Sempre corri, pelo menos desde os meus 11-12 anos. Já sofri de dores nos joelhos, que me obrigaram a parar durante 2 semanas seguidas, mas nunca mais que isso.

Quem adora praticar desporto e precisa disso no seu dia-a-dia como quem precisa de se alimentar, sofre muito. E quanto mais tempo passa, maior é a perturbação interior.

É que praticar desporto torna-se parte de um estilo de vida. É aquilo que nos completa, que nos faz sentir vivos, que nos anima, que nos dá uma desculpa para estar com os amigos com quem partilhamos a mesma loucura saudável. E quando isso acaba, é desconcertante.

É claro que não acabou totalmente, tenho ainda o ciclismo e outras actividades que me animam, mas como a corrida? Não, a corrida foi o meu primeiro amor.

Novidades do pé: na passada sexta-feira fui fazer uma ressonância magnética, mas ainda me falta fazer outro exame, cuja máquina só existe no hospital. Depois é ir mais uma vez ao ortopedista e tentar finalmente um diagnóstico. Neste momento, já só quero saber uma coisa: É para parar? Nunca mais vou poder correr sem dor? Acabou? Há solução? É preciso cirurgia? Qualquer coisa, é só isso que espero...

E por isso, há duas semanas morri um bocadinho, fiquei sem vontade de fazer nada e desisti um bocadinho de mim. Felizmente que este fim-de-semana melhorei e já vejo tudo com outros olhos.

O desafio de Dezembro (pedalar de Tróia a Sagres, na distância de 200km), já está novamente de pé. Tinha tirado essa ideia da cabeça há semanas, quando a vida se encarregou de me dificultar os treinos e perder a oportunidade de acumular mais km, mas com o apoio e incentivo da família, esta semana reconsiderei e voltei à estrada.

Praia do Carvoeiro

Ontem, fomos para os lados de Ferragudo e a caminho passámos por Carvoeiro, terra que ainda não tinha tido oportunidade de conhecer. Parámos na praia por alguns minutos, comemos algumas estrelas de figo e seguimos caminho.

Mi papi

Continua a ser uma das minhas actividades preferidas - andar de bicicleta com o meu pai (nunca partilhámos muitos momentos destes quando eu era pequena, apenas me lembro de andar sentada atrás na pasteleira dele - e talvez me lembre disso porque entalei um pé nos aros da roda e a dor imortalizou-se na memória). 

Não costumamos falar durante largos km, mas entendemo-nos bem. Ele já descobriu que ando mais devagar se vou atrás dele (psicológico) e por isso quando me vê mais cansada, coloca-se atrás de mim e diz-me que a minha velocidade média melhora. Nos dias bons em que é ele que está mais cansado e eu me sinto mais forte, por vezes ao terminarmos faz-me um elogio indirecto "Ena pá, estava complicado acompanhar-te agora no final", e claro, fico muito satisfeita, mesmo sabendo que nos separam trinta anos e algumas dores articulares. Só tenho pena que não possamos ir mais vezes juntos. 

A Fóia lá ao fundo.

Antes de chegar a Ferragudo, fui desfrutando da vista para a serra de Monchique. Recordei a épica viagem que fiz com os meus colegas a pedalar de Faro até lá acima à Fóia. Foi duro, mas uma experiência muito enriquecedora. Senti-me forte e com vontade de lá voltar. Em breve, em breve...

New shoes!!!

Finalmente tenho novos sapatos de ciclismo (neste caso, até são de Btt). Os que tinha desde há 1 ano, começaram a incomodar-me após os 15km, com dores nos dedos dos pés, em especial, sempre que subia. Acabava cada volta com dores nas unhas. Diagnóstico: tamanho pequeno demais. Agora uso orgulhosamente o n.º 42 da Shimano e estão perfeitos!
A seguir vem o investimento de sapatos de triatlo, que já foram encomendados, assim como os encaixes. No Inverno irei usar estes, e lá para Fevereiro-Março começo a usar os outros nalgumas voltas.



Foi uma volta longa, sobretudo porque fomos devagarinho. Não quis apertar demasiado com o corpo, especialmente porque estive com uma boa constipação que ainda me afecta a garganta e me deixa muito cansada. Ontem esqueci-me do medidor de FC, mas onde faria médias de 160bpm, julgo que ontem teriam subido para as 180bpm. Parecia um aspirador a respirar, naquelas subidas mais íngremes.

No final terminámos com 110km nas pernas. Eu sei, uma brutalidade, para quem não pegava na bicicleta há 15 dias exactos. Senti-me bem, não me senti cansada, mas fiquei com os joelhos muito doridos até esta tarde. Um erro: não apliquei gelo - tinha uma menina de 3 anos muito aflita à espera da mãe para ir brincar! Mas à noite tentei compensar com um gel anti-inflamatório.

E assim foi: uma excelente manhã num dia de perfeito Verão em pleno Outono.

Boas corridas para todos!


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