domingo, 1 de outubro de 2006

I Corrida 16 Kms de Benafim

Eu, às portas de Benafim

Segundo aquilo que eu pensava, a seguir a uma boa subida, há normalmente uma boa descida, não é?

Pois... hoje descobri que não é bem assim. Hoje descobri que depois de uma boa subida, pode haver mais uma e a seguir a essa, depois de uma curva, mais outra subida para compôr o lote, o que perfaz uma longa e infindável subida...

Hoje participei na primeira corrida de Benafim, aldeia que fica a caminho de Alte, no concelho de Loulé. Quando me inscrevi, não pensei na morfologia do sítio. Esqueci-me que, a norte da EN 125, o mais provável era encontrar algumas subidas...

Vivo quase à beira-mar e costumo treinar em terreno plano. Mas hoje confrontei-me com um percurso, o qual não estava à espera e para o qual não estava nada preparada, quer fisicamente, quer psicologicamente.

Foram 16 kms, sob um escaldante sol de "Verão", em plena serra do Caldeirão. A prova estava bem sinalizada, o pessoal da organização foi muito simpático e prestável, mas aqui esta menina não estava simplesmente preparada para aquela aventura... Só tenho um conselho para a organização, pois sei que tencionam repetir a proeza no ano que vem... Tentem escolher um percurso um pouco mais equilibrado em termos de subidas e descidas, tipo 50% subidas, 50% descidas... :-)

Cheguei a Benafim muito entusiasmada, pois desde Agosto que não participava num convívio deste género. Havia muita gente presente para participar na corrida e nas duas marchas de 5 e 10 km.
Mas,...qual foi a minha surpresa, quando me vi rodeada só de rapazes, para fazer a corrida. Raparigas..., só eu e a Timmy, que é uma grande atleta, e que conseguiu acabar a prova em 1h06'.
A Timmy e eu na Partida.
A partida deu-se à hora certa, pelas 10h. Primeira parte do percurso: duas subidas. Pronto, ok! Admito! Fiquei um pouco traumatizada! Já sei que não páro de falar em subidas... Desculpem...
Os primeiros 5 kms foram feitos a falar com um grupo simpático. Mas mal começámos a avistar as primeiras casas de Benafim, e eu me vi confrontada com aquela odisseia de subidas, a minha moral estatelou-se no chão, enterrou-se e por lá ficou. Eu continuei mas a custo. Ao kilómetro seis, comecei a marchar. Sem uma pinga de água no corpo (sim, só nos deram água nesta altura...), um calor abrasador e a moral estatelada lá para trás, comecei a pensar ficar por ali.
Mas entretanto veio de lá um anjo, o Sô Cabral que me perguntou o nome e me levou com ele...
Ai, Sô Cabral, se não fosse o senhor...
Bem, ...na conversa e na brincadeira lá fui a reboque deste senhor. O grupo que eu acompanhara nos primeiros 6 kilómetros desapareceu, nunca mais os vi.
O Sô Cabral dizia-me: " Não pode desmoralizar,...as subidas são iguais às descidas..." E eu pensava para mim: " Sim, sim...mas onde raios páram as descidas?".
(continua)

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