quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Meia-Maratona do Algarve

Já estava com saudades de escrever aqui, mas ultimamente tenho tido mais trabalho que o habitual.

Bem, mas hoje o assunto é a Meia do Algarve. Não fiz a Meia para meu descontentamento, mas fiz a Mini que não sei ao certo quantos kilómetros foram (sei que foram, no mínimo 10kms).

Não me vou alongar muito hoje. Vamos dizer que...não fiquei muito satisfeita com a minha prestação. Não sei porquê, mas o corpo estava noutra. Noutra dimensão , talvez.
Levei a família toda, num dia que ameaçava ser de chuva e muito vento. Foram o pai, a mãe, o sogro, a sogra, o marido, o filho e só não foi o cão porque não tenho, porque senão ia também.

Fomos despachados, pois em menos de 50 minutos estávamos lá. O dia, de repente, ficou ensolarado. Parecia uma manhã de Agosto, clara, brilhante e quente.
Bem, meus amigos, é o Algarve, não é?

Chegámos a Vila Real de Santo António um pouco em cima da hora, mal deixei o meu marido estacionar o carro. Fui-me despindo pelo caminho, e quando cheguei ao estádio/ à pista já estavam todos alinhados para a partida.

Como esperava encontrar uma amiga que conheci neste mundo em rede, liguei logo o satélite. Fui encontrar a Ana Pereira, logo ali à minha frente. Ali estava ela, de boné azul, a tentar disfarçar (eh,eh), mas facilmente reconhecível! O que é que ela pode fazer? A fama é uma coisa chata, dá nisto. Começam a aparecer pessoas como eu a chatear, a meter conversa, a querer um beijinho. Mas pronto, agora já a conheço, a mulher dos textos irresístiveis (já não passo sem dar um saltinho ao seu blog), e do sorriso honesto.
A Ana ainda me apresentou mais dois colegas, o A.P. e o E.S. do Fórum "O Mundo da Corrida". Já viram a minha sorte? Ainda nem sequer eram dez da manhã, e eu já fizera mais três amigos.

Deu-se a partida, e o pessoal começou a sua luta individual de 21 kms contra si próprios. Eu ainda tinha a esperança de fazer a 1.ª volta, sentir-me bem e fazer a segunda para completar a meia, mas não... Só havia duas palavras para descrever o meu estado: estava rota (mas não de rastos). E nem sei porquê!? Não tive desculpas: nada de dores no joelho ou no tornozelo, nada de mal estar,...foi simplesmente um mistério para mim, aquele estado indesculpável em que me encontrei no final.

Por acaso, ontem durante o meu treino, fui sempre a pensar nisso. Admito que a falta de treinos contribua bastante, mas ainda houve outra coisa...

Fui sempre na conversa durante toda a corrida. Se não era com os meus colegas, era com o público...Ora, nunca mantive qualquer concentração, nunca estive focada no esforço e no que ia a fazer.

Pode parecer parvoíce, mas ajuda-me concentrar-me no meu próprio corpo, falar com ele, com as pernas, os braços, controlar a respiração...
No próximo fim-de-semana faço o teste, em Ayamonte. Nada de tagarelices (isso, só início e no fim da prova)! Se a conversa ajudasse, tínhamos visto o Eduardo Henriques em amena cavaqueira durante a corrida, mas não, ele ia concentrado...

Bem, mas a prova esteve muito bem organizada, adorei encontrar alguns amigos que raramente vejo, fazer novos amigos e conviver naquele ambiente de festa.
No próximo domingo, espero que nos encontremos novamente todos, para mais uma grande festa. Até lá.

Sem comentários:

Enviar um comentário