quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sunday muddy run


No domingo o percurso pela falésia estava um pouco lamacento, sobretudo devido às ovelhas que por ali passam, e que com as suas patinhas trituram o piso molhado. Mas mais uma vez, foi um bom treino de cerca de 14 kms, com bom tempo e uma paisagem de praia de cortar a respiração.
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A praia estava linda, e não fosse a temperatura, parecia um dia de Verão perfeito. Havia pessoas a correr na praia, a caminhar, a pescar, crianças a brincar e o pessoal da escola de surf a entrar na água. The beach days are coming!
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Relativamente a Cascais (let's cut to the chase), o pagamento da inscrição já seguiu e a estadia no hotel está reservada. A minha moral, depois de escrever o último post, subiu. Comecei a sentir-me mais confiante e, depois de analisar as minhas duas prestações naquela prova, verifiquei que, apesar de estar mais leve (cerca de 5-6 kilos) na altura (há cerca de 3 anos), neste momento tenho mais kilómetros nas pernas.
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Mas, mais uma vez, nem tudo são rosas.
Quando acontece uma vez, deixamos passar, mas quando se repete por duas, três e quatro vezes, é altura de prestar atenção. Estou a falar de arritmias cardíacas, julgo eu. Passo a explicar:
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Na semana passada, a meio de um treino, senti algo esquisito no peito, que nunca tinha sentido. Foi momentâneo, não se repetiu e por isso nem dei importância ao sucedido. No domingo passado, voltou a acontecer, cerca de duas vezes. É uma sensação difícil de descrever. Não é como aquelas arritmias ocasionais que temos, quando de repente sentimos o coração mais acelerado, mesmo estando parados. Isto é diferente.
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Sinto o coração como se fosse algo muito grande a querer deslocar-se, parece até que cresce de repente e depois parece que quer subir e sair pela boca. Estranho e difícil de explicar. No domingo atribui isto ao facto de estar a correr num percurso de sobe e desce, com grandes inclinações e acelerações.
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Quando isto acontece, o meu instinto manda-me abrandar ou parar. E assusto-me, pois é uma sensação, como já referi, nova e estranha, obrigando-me a admitir a minha pequenez física.
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Esta semana, voltei a sentir, durante um treino mais acelerado, mas em que ia bastante controlada. Mas hoje, em que íamos num passo tão confortável, volta a acontecer. E aconteceu duas vezes. E o estranho é que eu estava a sentir-me a 200%. Ainda achei que seria por estar a falar muito ( hoje tivemos a companhia de uma amiga), mas mesmo depois de me concentrar, voltou a acontecer.
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Não compreendo o que se passa...e admito que estou bastante preocupada. Os joelhos estão a aguentar-se bem, o peso está a ser controlado, os treinos andam a ser feitos e agora de repente isto?!
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Na sexta-feira, vou consultar o meu médico de família, mas amanhã ainda volto a testar-me a um ritmo novamente confortável, para ver o que acontece.
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E a pergunta óbvia que vos deixo hoje é: já vos aconteceu isto?

3 comentários:

  1. Oi Lénia, eu nunca senti nada parecido quando estou me exercitando. Te aconselho a procurar um médico ao invés de ficar testando sua saúde. Acho que você ficará muito mais tranquila para desempenhar suas atividades depois que tirar essas dúvidas da cabeça.
    Quanto ao seu treino de domingo, só posso dizer:"Que inveja!". Pela descrição você é um privilegiada em ter um lugar tão lindo para treinar. Onde eu moro também conto com belas paisagens, mas nem se compara com a visão do mar.

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  2. Oi Lénia

    Arritmias e Taquicardias são-me familiares, bem conhecidas. Acontecem-me quer em esforço quer em completo relax. Duram segundos, as mais longas talvez atinjam o minuto e picos..., se estou em esforço, diz-me também o bom senso para me acalmar, e o mesmo se já estiver calma, respirar fundo, acalmar-me e observar a coisa...

    E sim, são "dessas", o coração bate rápido e com uma intensidade que parede que rebenta quando se expande e se extingue na sua própria contracção.

    Que fazer? Ir ao médico, isso mesmo! Só ele depois de analisar exames que entender necessários fazeres(electrocardiograma em esforço e Ecocardiograma - foi o que fiz no meu caso), só ele pode fazer o diagnóstico e te aconselhar o que deves e podes fazer e o que te é prejudicial.

    no meu caso...disseram-me: continue a correr maratonas e trata de si.

    Mas cada caso é um caso.

    Um beijinho e faz isso também: trata de ti, e "se der" corre maratonas!

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  3. Lénia,
    Que prazer fazer parte desse teu grupo de amigos e amantes da corrida.
    Estou engatinhando ainda no esporte, mas a sensação de prazer absoluto que o esporte proporciona, acaba unindo pessoas e versos em várias partes do mundo.
    Teus posts são inspiradores.
    Abraços do sul, do Brasil!
    Ingrid

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