quinta-feira, 2 de maio de 2013

A matar


Notícias: acabei por não participar no Triatlo de Quarteira. Não estava nas melhores condições a nível respiratório, além de ter a minha pequenina doente, o que ajudou a desanimar um pouco. Foi uma decisão difícil, pois é realmente aquela que eu considero a prova do ano para mim, em especial por ser um evento em casa e ter muitos amigos a apoiar. Além das condições atmosféricas e logísticas também serem usualmente as ideais.

Mas o que passou, passou... E havendo saúde e motivação, em 2014 haverá outra oportunidade.

Os últimos meses têm sido um pouco complicados, há sempre alguém adoentado aqui em casa, a precisar de apoio e colo, e muitas das vezes os treinos passam para terceiro plano. Estão sempre em segundo plano, mas neste caso ainda desceram mais um nível. 

Isto para explicar que aquilo que eu tinha planeado treinar ficou muito aquém do que eu desejava. O desafio Iberman de nadar 1.9km, pedalar 100km e correr 21km anda tremido. Já desisti de participar no dia 11 de Maio umas quinhentas vezes, já mudei de ideias outras quinhentas.

Tenho noção de que a minha natação e corrida são as áreas que sofreram maior revés. Poucos treinos e nada de treinos específicos. Logo aqui, parto com muita hesitação. A preocupação já não é cumprir no menor tempo possível, agora trata-se de uma questão de sobrevivência. Chegar ao fim, com todas as peças a funcionar minimamente.

Se por acaso, for louca o suficiente para me apresentar na linha de partida no próximo dia 11 de Maio, estarei a cumprir um sonho. 

Serão 8h para cumprir os cerca de 123km acompanhada de 126 companheiros, em que apenas 6 serão mulheres. Terei de lidar com muito sofrimento, especialmente no final onde terei de percorrer os últimos 4km da 1/2 maratona em areia solta ( eu não sou uma corredora de praia, especialmente em areia solta). 

Será a matar, uma luta constante entre o querer e o poder, "mind over matter".

Arrependimento. Hoje durante a minha corrida matinal, fui a conversar comigo própria, apesar de ter companhia a meu lado. O raciocínio que desenvolvi foi o seguinte:  o arrependimento será maior não participando, ficando a assistir ao evento roída de inveja, ou participando correndo o risco de ter de abandonar a corrida???

Será realmente muito frustrante desistir durante uma prova, algo que nunca me aconteceu. Mas acho que nesses casos, quando acontece, ao menos sabemos que tentámos, tivemos a coragem de marcar presença apesar de termos noção de que as condições reunidas não eram as mais favoráveis.

Apesar deste raciocínio lógico, continuo sem saber se vou participar. Na próxima semana, tomarei a decisão final.
Para me sentir mais confiante, pensei em fazer um teste na terça-feira passada em que pedalei 80km e corri de seguida durante 15km. Uma das pernas foi quase a rastejar até ao fim, desde o km12. 
Terei as condições mínimas reunidas para terminar? Não sei, ...

A foto dos Nike Free acima nada tem a ver com o texto, mas acho que são uns sapatos tão giros, que me ficariam a matar. Talvez o marido leia este post... ;-)

Até breve!
Keep up moving!


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